Sei que o primeiro homem couve
Não se incomodava
Nada, em passear na brisa
Sem enxotar as lagartas,
Verdes e aveludadas,
Que lhe subiam aos ombros,
Por glaucas calçadas,
Segregando-lhe o pecado
Do fruto negado
Que há em desfolhar-se.
Foi por isso que floriu.
E perdeu a inocência,
A verde inocência,
Sem abdicar da esperança
De, ainda assim, renascer
Em cada semente negra.
Na mortal inflorescência,
Festejou então
A singela e branca dor
De se ser sempre o primeiro.
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