Nos olhos do desgosto
os anjos
Deus
Os Deuses
O Diabo a sete.
Nos braços da claridade
a música gravada em pedra
a um tacto mudo.
Não sei o que há na música e na poesia.
Não sei para que serve. Abomino a sua serventia,
a mensagem, o disse que não disse, a ambiguidade.
Abomino a antiguidade.
Em vez de gritos, mais vale morrer calado.
Para quê tentar Deus com orações
quando é o silêncio que sobe em agrado a um nariz infecto?
São apressadas conclusões, não?
Silogismos de pé cortado. Seja.
Queimemos Santo Agostinho na sua piedade arrependida e pornográfica
para que veja
que a Igreja
Maniqueísta que recusou
é a única válida na Arte
pela parte de quem a usou.
18 de julho de 2004
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